Gestão hídrica

O projeto de aproveitamento hidrelétrico do rio Xingu passou por diversas reformulações desde sua concepção inicial, há quatro décadas. Ao longo dos estudos conduzidos pelo país, mais de dez cenários foram avaliados, sendo adotado aquele que melhor consegue equilibrar a demanda de geração de energia, essencial para o Sistema Interligado Nacional (SIN), e a mitigação de impactos socioambientais, garantindo a conservação da biodiversidade e dos modos de vida dos povos tradicionais da Volta Grande do Xingu. 

A concepção original previa uma área alagada de aproximadamente 18.300 km², que foi redesenhada para 478 km², representando uma redução de 97%, assegurando que nenhuma terra indígena fosse inundada. 

Desde o início da operação da usina, em 2016, e com o atingimento de sua plena capacidade em novembro de 2019, foi concretizado o Trecho de Vazão Reduzida (TVR), localizado a jusante do barramento da usina hidrelétrica de Pimental. Com cerca de 100 km de extensão ao longo dos 1.800 km do rio Xingu, esse trecho passou a ser regulado pelo h2idrograma, que define a quantidade de água liberada. 

Atualmente, operamos com um hidrograma mais restritivo do que o originalmente previsto na outorga. 

A Norte Energia mantém um monitoramento contínuo das condições socioambientais e desenvolve diversas ações de mitigação previstas no licenciamento ambiental. Entre essas medidas, destacam-se a execução do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu, componente do PBA de Belo Monte, bem como projetos específicos para o TVR, incluindo aqueles previstos no PBA-CI. 

Essas ações foram executadas continuamente, avançando com a inclusão de diálogos contínuos com as comunidades ribeirinhas e os povos indígenas, a fim de aprimorar estratégias de mitigação e compensação dos impactos.